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Mais abrangente, ISO/IEC 17025 surgiu para abolir interpretações duvidosas de versões anteriores

A primeira padronização dos serviços prestados por laboratórios de calibração aconteceu em 1978, com a publicação da ISO/IEC Guia 25. Embora com abrangência internacional, a ISO foi rejeitada pela Europa, que usava a EN 45001.

O início da revisão destas duas padronizações viria apenas em 1993, quando se percebeu a incapacidade de ambas em permitir uma aplicação consistente e uma interpretação sem ambiguidades, como o conteúdo mínimo presente na declaração da política da qualidade, a rastreabilidade das medições, as operações relacionadas às amostragens e o uso de meios eletrônicos.

A partir de 1995, passou a ser instituída a ISO/IEC 17025, com o cancelamento e substituição das duas padronizações anteriores. A nova ISO viria para estabelecer um padrão único aceito no mundo todo, reunindo exigências nacionais, e que atestasse à qualidade dos serviços oferecidos em se tratando de ensaios, calibrações, amostragens e desenvolvimento de novos métodos.

A ISO/IEC 17025 foi formulada a partir da experiência anterior com a ISO/IEC Guia 25 e a EM 45001, buscando maior compatibilidade com as normas ISO 9001 e 9002, incorporando todos os seus requisitos. Portanto, atendendo a todos os tópicos da ISO/IEC 17025, o laboratório estará atendendo as ISO 9001 e 9002.

A implementação definitiva da nova e mais abrangente ISO veio em 1999. Para que se tornasse menos ambígua e mais abrangente, precisou ser mais extensa. Em relação às versões anteriores, passou a exibir mais notas explicativas, o que tornou o texto mais denso. Essa medida possibilitou que os laboratórios não precisassem mais de explicações extras e documentos adicionais sobre seus processos.

Se, por um lado, a ISO/IEC 17025 é mais burocrática que suas antecessoras, por outro, evita erros de intepretação que poderiam complicar todo o trabalho de padronização dos processos, dando mais credibilidade aos laboratórios perante o mercado.